Em 2023 termina o período de transição para as empresas com mais de 100 colaboradores adotarem o sistema de quotas para integrar 2% de trabalhadores com deficiências igual ou superior a 60%.
A Lei de 10 de janeiro de 2019, que entrou em vigor em fevereiro daquele ano, obriga médias e grandes empresas, com mais de 75 colaboradores, a adotar o sistema de quotas de emprego para pessoas com deficiência, que tenham um grau de incapacidade igual ou superior a 60%. Em 2023 termina o período de transição para as empresas com mais de 100 colaboradores, e em 2024 o prazo para as empresas que tenham entre 75 e 100 colaboradores, e ainda há muito trabalho a fazer nesta área, alerta o Eurofirms Group, empresa de RH especializada em gestão de talento.
A Fundação Eurofirms, parte do grupo de RH, aposta na inclusão laboral de pessoas com deficiência e tem desenvolvido um trabalho profundo de acompanhamento de empresas na transformação pela eliminação de estigmas e tabus. Preconceitos que ainda fazem com que, ao se deparar com uma nova vaga, algumas empresas continuem a demonstrar dúvidas sobre contratar ou não pessoas com deficiência, acreditando que realizarão o seu trabalho com mais dificuldade, ou lentidão ou que, por exemplo, terão que adaptar todas os seus espaços para receber o novo colaborador.
“Quando falamos sobre a cultura que define uma organização, automaticamente pensamos em conceitos que se enraízam em toda a sua estrutura. Formas e procedimentos para desenvolver tarefas ou ações, liderar equipas e tratar pessoas, colocando-as no centro. Quando isso acontece, e uma organização carrega no seu DNA o tratamento adequado às pessoas, é necessário que funcione em igualdade de condições e que seja aplicado da mesma forma em todos os níveis estruturais e com todos os colaboradores da empresa.” refere Lucília Queirós, um dos rostos da Fundação Eurofirms em Portugal.
E acrescenta “Um aspeto importante no caminho para a inclusão é a não discriminação por qualquer motivo: sexo, idade, orientação sexual, ideologia política ou religiosa, etnia ou deficiência. Entender que a sociedade é diversa e que é justamente aí que reside sua riqueza e beleza nos aproxima do mundo que queremos construir e lança as bases para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.”
Neste sentido, e parte do projeto que desenvolve em Portugal, a marca esclarece que um dos primeiros pontos a esclarecer nas empresas é o conceito de empresa inclusiva e dá algumas dicas de como o promover.
De acordo com a Fundação Eurofirms, por definição, uma empresa inclusiva é aquela que permite que todas as pessoas se sintam valorizadas e reconhecidas independentemente do seu sexo, idade, orientação sexual, ideologia política ou religiosa, etnia ou deficiência; que trabalha de forma ativa para oferecer esta realidade a toda a sua estrutura, e que ambiciona um impacto direto na sociedade a nível interno, replicando para todos os trabalhadores na sua estrutura, e externo, replicando para fornecedores, agências de serviços financeiros, clientes e opinião pública.
Se focarmos na estrutura interna dos trabalhadores nas empresas e formos um passo além, descobrimos a importância das práticas, internalização e facilitação da inclusão ser uma tarefa de todos, esclarece a especialista.
Do CEO aos estagiários, é vital para o seu desenvolvimento que todos os perfis acreditem firme e sinceramente na necessidade de ser inclusivos. Que os líderes das diferentes áreas de uma empresa sejam e se mostrem como agentes de mudança, é um elemento que facilita que as pessoas que fazem parte de suas equipas sigam os seus passos e isso seja repassado para a sociedade na forma de igualdade, oportunidades, bom tratamento e ambientes totalmente acessíveis em todos os níveis.
Lucília Queirós conclui: “Na Fundação Eurofirms trabalhamos para gerar um impacto direto na sociedade através das empresas. Aprofundando no conceito de inclusão, acompanhamos as empresas, as suas lideranças e toda a estrutura para a geração de oportunidades para pessoas com deficiência e a criação de ambientes inclusivos onde as limitações deixem de existir e as capacidades e a melhor versão possam florescer de cada trabalhador.”