O documento da CIONET dá a conhecer as principais tendências de TI para 2014. O B.I., o Cloud Computing e o Disaster Recovery assumem o principal destaque nos investimentos em TI no ano que agora tem início.
A CIONET, a maior comunidade de executivos de TI na Europa, com mais de 4.000 CIOs, divulgou as principais conclusões do estudo “Tendências para TI em Portugal” em 2014.
De acordo com o relatório que nasceu do estudo, mais de metade dos responsáveis das empresas inquiridas prevê que os investimentos que as suas organizações farão em TI neste ano se mantenham face a 2013 (54 por cento). 32 por cento dos responsáveis assumem que os orçamentos deverão ser mais generosos e apenas 14% esperam uma diminuição nos investimentos em Tecnologias de Informação.
Quando indagados sobre o enfoque dos investimentos em TI para 2014, os participantes neste estudo destacaram as áreas de Business Intelligence (onde se inclui o Big Data) – 16% – o Cloud Computing e o Planeamento de Continuidade/Disaster Recovery (14%), o desenvolvimento de Apps (12%) e os segmentos de Bring Your Own Device (BYOD) e de desenvolvimento de Portais de Clientes ou Plataformas de Comunidades Externas (10%). De resto, existem ainda muitas áreas onde as empresas ponderam estabelecer parcerias de fornecimento de serviços em regime de outsourcing. Neste campo, os Data Centers/Infraestrutura tecnológica lideram as opções de subcontratação externa, com 27% das intenções, seguidos do Desenvolvimento de Aplicações (24%) e da Manutenção de Sistemas e Aplicações (com 19%). As áreas de Helpdesk (15%) e de Consultoria de gestão de TIs (6%) fecham o leque de cinco primeiras opções.
Existem dois elementos que se destacam quando a questão se centra nos aspetos que terão maior prioridade ao nível das TIs nas empresas consultadas para a elaboração do estudo. A Eficácia e Eficiência das TIs (16%) e o Alinhamento destas com o Negócio (15%) lideram no ranking de opções dos entrevistados, que indicam ainda a Produtividade do Negócio e Redução de Custos (12%) como outro fator prioritário ao nível das Tecnologias de Informação. A Agilidade de Negócio e Speed to Market e a Gestão/Engenharia de Processos de Negócio (ambas com 9%) fecham o Top 5 de preocupações de TI nas empresas.
Num mercado que impõe novos desafios aos departamentos de TI das organizações, e que exige o alinhamento das estratégias de TI com as estratégias de negócio, os CIO tendem a ver o seu papel alterado à medida que a empresa olha para as TI como um enabler de negócio, e não como uma mera atividade de apoio. Neste sentido, o estudo questionou os responsáveis pelos departamentos de TI das organizações sobre a potencial criação de novas funções, como Chief Mobile Officer, Chief Data Officer, Chief Digital Officer, Chief Security Officer ou Chief Innovation Officer. Nesta questão em particular, os inquiridos mostraram-se conformados, referindo que o CIO deverá manter as suas responsabilidades, às quais se irão juntar novas funções e tarefas (42%). 20 por cento dos entrevistados acreditam que os cenários atuais possibilitam a criação de Chief Innovation Officer, e 14% de Chief Digital Officer. Oito por cento referem que haverá lugar para a criação de CxO – outros decisores de áreas operacionais.
Rui Serapicos, Managing Partner da CIONET Portugal, refere que «o estudo Tendências para TI em Portugal traça um cenário preciso do que podemos esperar dos departamentos de TI e dos seus responsáveis para este ano. Os orçamentos vão, na sua maioria, permanecer idênticos a 2013, mas os desafios são maiores, e a necessidade de alinhar as TI com a estratégia de negócio é um fator crítico para o sucesso das empresas», explica. O mesmo responsável garante que «a CIONET teve o cuidado de escolher uma ampla amostra que representa fielmente o tecido empresarial nacional e as mais diversas áreas de atuação».
O estudo da CIONET incidiu em entrevistas a cerca de 40 CIOs ou responsáveis de TI de empresas dos mais diferentes setores de atividade, desde a Administração Publica aos Transportes e Logística, passando pela Construção e Engenharia, Hotelaria e Restauração, Serviços Financeiros, telecomunicações, Media e Imprensa, Saúde, Retalho e Consultoria. Os entrevistados representam empresas de diferentes dimensões, sendo que a maioria (43%) tem um departamento de TI com menos de 10 colaboradores. 19 por cento das empresas em questão contam com mais de 100 colaboradores nos serviços de TI.
O estudo foi elaborado através de formulários online entre os dias 13 de Dezembro de 2013 e 8 de Janeiro de 2014.